CÂMARA DOS LORDES
A Crise do Pós-Brexit e a Dissolução do Reino Unido: O Destino da Escócia e Irlanda do Norte
A Crise do Pós-Brexit e a Dissolução do Reino Unido: O Destino da Escócia e Irlanda do Norte
O Reino Unido ainda pode ser chamado de "unido"?
Desde o referendo do Brexit em 2016, a estabilidade política e territorial do Reino Unido tem sido colocada à prova. O resultado da votação, impulsionado por uma campanha de soberania econômica e controle migratório, teve consequências muito além do comércio e da burocracia da União Europeia: ele reacendeu tensões separatistas na Escócia e na Irlanda do Norte, colocando em xeque a própria integridade da nação britânica.
Na Escócia, onde 62% dos eleitores votaram para permanecer na União Europeia, o Brexit reforçou o desejo de independência. O governo escocês argumenta que o rompimento com a UE foi imposto contra a vontade da maioria dos escoceses e que o país deveria ter o direito de decidir seu próprio futuro. O apelo por um novo referendo de independência, conhecido como IndyRef2, cresce, mas encontra resistência em Westminster, onde muitos temem que uma separação definitiva da Escócia acelere o desmoronamento da unidade britânica.
Na Irlanda do Norte, a situação é ainda mais delicada. O Protocolo da Irlanda do Norte, criado para evitar uma fronteira rígida entre a República da Irlanda (membro da UE) e a Irlanda do Norte (parte do Reino Unido), acabou criando uma barreira no Mar da Irlanda. Essa solução irritou unionistas, que veem a separação comercial como um passo em direção à reunificação da Irlanda. Ao mesmo tempo, republicanos irlandeses intensificam o discurso de que a Irlanda do Norte deveria finalmente se unir ao restante da ilha, encerrando um século de divisão.
Diante desse cenário, a Câmara dos Lordes enfrenta um dilema histórico: o Reino Unido deve resistir às pressões separatistas ou aceitar que sua dissolução é inevitável?
Os desafios são inúmeros. Qualquer tentativa de negar um referendo de independência na Escócia pode inflamar o nacionalismo e aumentar a tensão entre Edimburgo e Londres. Por outro lado, permitir a votação pode significar o fim do Reino Unido como o conhecemos. Na Irlanda do Norte, a crescente influência de partidos pró-reunificação torna cada vez mais plausível a convocação de um plebiscito sobre a unificação com a República da Irlanda, uma medida prevista no Acordo da Sexta-Feira Santa. Se isso ocorrer, Westminster estará preparado para lidar com as consequências políticas, econômicas e sociais da possível dissolução do Reino Unido?
Os membros deste comitê terão que avaliar as opções à mesa: manter a união britânica a qualquer custo, conceder referendos e aceitar os riscos de fragmentação ou buscar um novo modelo de governança descentralizada que acomode melhor os interesses divergentes dentro do Reino Unido.
O que está em jogo não é apenas a identidade britânica, mas o futuro de uma nação que, há séculos, se posiciona como uma das maiores potências globais. Será este o começo do fim do Reino Unido? A resposta será decidida neste comitê.
Desde o referendo do Brexit em 2016, a estabilidade política e territorial do Reino Unido tem sido colocada à prova. O resultado da votação, impulsionado por uma campanha de soberania econômica e controle migratório, teve consequências muito além do comércio e da burocracia da União Europeia: ele reacendeu tensões separatistas na Escócia e na Irlanda do Norte, colocando em xeque a própria integridade da nação britânica.
Na Escócia, onde 62% dos eleitores votaram para permanecer na União Europeia, o Brexit reforçou o desejo de independência. O governo escocês argumenta que o rompimento com a UE foi imposto contra a vontade da maioria dos escoceses e que o país deveria ter o direito de decidir seu próprio futuro. O apelo por um novo referendo de independência, conhecido como IndyRef2, cresce, mas encontra resistência em Westminster, onde muitos temem que uma separação definitiva da Escócia acelere o desmoronamento da unidade britânica.
Na Irlanda do Norte, a situação é ainda mais delicada. O Protocolo da Irlanda do Norte, criado para evitar uma fronteira rígida entre a República da Irlanda (membro da UE) e a Irlanda do Norte (parte do Reino Unido), acabou criando uma barreira no Mar da Irlanda. Essa solução irritou unionistas, que veem a separação comercial como um passo em direção à reunificação da Irlanda. Ao mesmo tempo, republicanos irlandeses intensificam o discurso de que a Irlanda do Norte deveria finalmente se unir ao restante da ilha, encerrando um século de divisão.
Diante desse cenário, a Câmara dos Lordes enfrenta um dilema histórico: o Reino Unido deve resistir às pressões separatistas ou aceitar que sua dissolução é inevitável?
Os desafios são inúmeros. Qualquer tentativa de negar um referendo de independência na Escócia pode inflamar o nacionalismo e aumentar a tensão entre Edimburgo e Londres. Por outro lado, permitir a votação pode significar o fim do Reino Unido como o conhecemos. Na Irlanda do Norte, a crescente influência de partidos pró-reunificação torna cada vez mais plausível a convocação de um plebiscito sobre a unificação com a República da Irlanda, uma medida prevista no Acordo da Sexta-Feira Santa. Se isso ocorrer, Westminster estará preparado para lidar com as consequências políticas, econômicas e sociais da possível dissolução do Reino Unido?
Os membros deste comitê terão que avaliar as opções à mesa: manter a união britânica a qualquer custo, conceder referendos e aceitar os riscos de fragmentação ou buscar um novo modelo de governança descentralizada que acomode melhor os interesses divergentes dentro do Reino Unido.
O que está em jogo não é apenas a identidade britânica, mas o futuro de uma nação que, há séculos, se posiciona como uma das maiores potências globais. Será este o começo do fim do Reino Unido? A resposta será decidida neste comitê.
Representações disponíveis:
- Baronesa Adams de Craigielea (Partido Trabalhista)
- Baronesa Alexander de Cleveden (Partido Trabalhista)
- Baronesa Altmann (Partido Conservador)
- Baronesa Anderson de Stoke-on-Trent (Partido Trabalhista)
- Baronesa Andrews (Partido Trabalhista)
- Baronesa Armstrong de Hill Top (Partido Trabalhista)
- Baronesa Ashton de Upholland (Partido Trabalhista)
- Baronesa Bakewell (Partido Trabalhista)
- Baronesa Barker (Partido Liberal Democrata)
- Baronesa Barran (Partido Conservador)
- Baronesa Berridge (Partido Conservador)
- Baronesa Billingham (Partido Trabalhista)
- Baronesa Blackstone (Partido Trabalhista)
- Baronesa Bloomfield de Hinton Waldrist (Partido Conservador)
- Baronesa Bonham-Carter de Yarnbury (Partido Liberal Democrata)
- Baronesa Bottomley de Nettlestone (Partido Conservador)
- Baronesa Bowles de Berkhamsted (Partido Liberal Democrata)
- Baronesa Brady (Partido Conservador)
- Baronesa Brown de Cambridge (Crossbench)
- Baronesa Browning (Partido Conservador)
- Baronesa Bryan de Partick (Partido Trabalhista)
- Baronesa Burt de Solihull (Partido Liberal Democrata)
- Baronesa Campbell de Surbiton (Crossbench)
- Baronesa Chakrabarti (Partido Trabalhista)
- Baronesa Chisholm de Owlpen (Partido Conservador)
- Baronesa Coussins (Crossbench)
- Lorde Aberdare (Crossbench)
- Lorde Addington (Partido Liberal Democrata)
- Lorde Adebowale (Crossbench)
- Lorde Adonis (Partido Trabalhista)
- Lorde Agnew de Oulton (Partido Conservador)
- Lorde Ahmad de Wimbledon (Partido Conservador)
- Lorde Alderdice (Partido Liberal Democrata)
- Lorde Allan de Hallam (Partido Liberal Democrata)
- Lorde Allen de Kensington (Partido Trabalhista)
- Lorde Alton de Liverpool (Crossbench)
- Lorde Anderson de Ipswich (Crossbench)
- Lorde Anderson de Swansea (Partido Trabalhista)
- Lorde Arbuthnot de Edrom (Partido Conservador)
- Lorde Ashton de Hyde (Partido Conservador)
- Lorde Astor de Hever (Partido Conservador)
- Lorde Balfe (Partido Conservador)
- Lorde Barnett (Partido Trabalhista)
- Lorde Bassam de Brighton (Partido Trabalhista)
- Lorde Best (Crossbench)
- Lorde Bird (Crossbench)
- Lorde Blair de Boughton (Crossbench)
- Lorde Boateng (Partido Trabalhista)
- Lorde Borrie (Partido Trabalhista)
- Lorde Bourne de Aberystwyth (Partido Conservador)
- Lorde Bradley (Partido Trabalhista)
- Lorde Bragg (Partido Trabalhista)
- Lorde Browne de Ladyton (Partido Trabalhista)
- Lorde Bruce de Bennachie (Partido Liberal Democrata)
- Lorde Butler de Brockwell (Crossbench)
- Lorde Campbell de Pittenweem (Partido Liberal Democrata)
- Lorde Carlile de Berriew (Crossbench)
- Lorde Chartres (Crossbench)
- Lorde Clement-Jones (Partido Liberal Democrata)
- Lorde Craig de Radley (Crossbench)